O enriquecimento intercultural resultante das migrações, com destaque para os intercâmbios ibéricos, inspira a sétima edição do Festival de Música de Setúbal, evento que decorre entre os dias 25 e 28.
Desde a primeira edição, em 2011, que o Festival de Música de Setúbal promove espetáculos com a participação de artistas de renome internacional, que trabalham e atuam em parceria com alunos, pessoas com deficiência ou indivíduos representativos de diferentes comunidades que constituem o concelho.
Num ano em que o festival é dedicado aos fluxos migratórios e os enriquecimentos culturais daí resultantes, o autarca sublinha que “provavelmente não haveria tema mais atual do que este e, no que toca a Setúbal, esta sempre foi uma cidade de partidas e de chegadas”.
O certame é organizado pela A7M – Associação Festival de Música de Setúbal, contando com financiamento da Câmara Municipal, da Donatella Flick LSO Conducting Competition e da Fundação Helen Hamlyn, e apoios da Antena 1 da Antena 2.
O diretor artístico do certame, Ian Ritchie, salientou, na apresentação, que o programa deste ano “é complexo e entusiasmante”.
Da complexidade e qualidade propostas nos espetáculos do Festival de Música de Setúbal, Ian Ritchie alguns aspetos do programa de 2017, sob o tema “Migração”.
O diretor artístico sublinhou a presença de Pilar del Rio, no dia 28, às 16h00, na Casa d’Avenida, para uma conversa com João Francisco Vilhena e João Brites sobre José Saramago, “num interessante exemplo do constante intercâmbio cultural entre Portugal e Espanha”.
A participação de músicos, compositores e maestros migrantes foi também notada pelo diretor artístico, que destacou os contributos de Kerem Hasan e Dejan Ivanovich, assim como da Grand Union Orchestra, constituída por músicos de vários pontos do planeta.