A banda “Supernova” estreou-se durante este ano que agora termina em vários palcos do país. Festa do Avante e Feira de Santiago terão sido, por ventura, os maiores e mais importantes palcos num acerto com as músicas e o público. Banda criativa adotou a língua inglesa para se expressar e sons de soul, pop ou mesmo funk, para dar corpo musical. Em final de ano são esperados na doca dos pescadores em Setúbal, para um espetáculo que antecede as doze badaladas e o fogo de artifício que juntará as duas margens, A expetativa é grande. Os Supernova prometem um de 2017 em grande estilo.
– OS “Supernova” apresentaram-se formalmente este ano ao grande público em dois concertos muito importantes: Feira de Santiago e Festa do Avante. Pela reação do público a banda está aprovada. Há um trabalho intenso que se percebe na afinação do repertório e na execução. Onde pretendem chegar e que públicos querem atingir?
– felizmente temos sentido essa aprovação a aumentar. Cada vez que pisamos um novo palco é para nós bastante gratificante ver que os anos de trabalho que estão por detrás deste projeto estão a ser recebidos como tanto queríamos. Para primeiro ano foi bastante forte a nível de palcos. Onde nos assumimos mais enquanto Supernova foi talvez no palco da Festa do Avante, cuja critica foi excelente. Em Setúbal tivemos a felicidade de fazer a primeira parte de uma das melhores bandas nacionais, os “cais Sodré Funk Connection”. As nossas expectativas são altas, acreditamos bastante neste projeto, e pelo que temos visto após os concertos e lido nas redes sociais a aceitação do publico dá-nos a ideia de que se não nos desviarmos do rumo traçado podemos vir a fazer algumas coisas muito giras. Temos percebido que o que fazemos é aceite por públicos diferentes, por enquanto é difícil definir quem nos ouve, ou qual o nosso público alvo, sentimos que podemos ir dos 8 aos 80.
– Vocês são uma banda criativa. Maior parte dos temas são originais. Falta agora o álbum que vos dê maior projeção. Já entraram em estúdio?
– Sim, Estamos na fase final da gravação da nossa EP, com 4 temas, onde um deles tem a participação do enorme musico Laurent Filipe , que nos honrou com a sua trompete num magnifico solo. Com muito funk, soul e disco achámos que estes seriam os temas que mais nos definem, que seriam a melhor carta de apresentação de Supernova. Embora já haja um video de um tema a circular na internet, o nosso primeiro single oficial “Skip the chemetry get to the physics” sairá muito em breve.
– Como é que se definem enquanto banda? Abordam o soul, o funk, o pop…
– Gostamos de pensar que Supernova é um projecto funk/soul, vamos beber muito aos anos 60/70, é a maior fonte de inspiração de maior parte dos músicos…é a “nossa praia” . mas também temos uma vertente pop e dance, que nos confere o ambiente de festa em cada atuação.
– Nove elementos tornam a banda estruturalmente pesada. Há mercado para vos acolher?
– Sem duvida que a logística de uma banda com 9 é diferente de um quarteto. São nove personalidades, nove horários e nove opiniões, mas o ambiente do grupo é ótimo e de uma irmandade incrível. O mercado quer o produto que tem procura, seja ele como for, Portugal está cada vez mais a criar mais mercados onde há espaço para diversos produtos, e certamente que lutaremos para ter um pedacinho dele, como o têm outras bandas com a nossa envergadura.
– Quais são os projetos a médio e longo prazo? Vão atacar os festivais de verão?
– Por agora queremos focar num futuro breve, o lançamento do single e da EP. O que virá daí não conseguimos prever, mas claro que festivais de verão ou mesmo festas académicas seriam lugares onde nos sentiríamos muito confortáveis em atuar.
– O tema “A morte saiu à rua” é evocativo de José Afonso. É o único tema, aliás canatdo em português. Pensam criar alguns temas na língua mãe ou o inglês continuará a ser a vossa “língua” dominante?
– A opção de cantar em inglês é bastante simples, é difícil escrever bem em português, damos os parabéns aos que realmente o fazem, mas sem tabus preferimos escrever confortavelmente em inglês que mal em português.
– Que esperam do concerto de ano novo na doca dos pescadores, em Setúbal? A expetativa é enorme…
– A nossa também (risos) … Esperamos essencialmente uma grande festa. Uma despedida em grande deste 2016 que foi tão atribulado, desde as mudanças nas políticas mundiais às despedidas de grandes nomes das artes. Estamos a contar com os setubalenses para nos ajudarem a fechar de maneira memorável o nosso primeiro ano de banda num concerto cheio de energia.
FORMAÇÃO DA BANDA
Nuno Ferreira Lopes –voz; Rui Gouveia –baixo; Gonçalo Mahú – teclado; David Oliveira – guitarra; Filipe Oliveira – bateria; João Coca – trompete; Ângelo Borges- trompete; Zé Miguel Zambujo – saxofone; Nuno Carreira – trombone