A Ilusão da felicidade

Preâmbulo
Dedico este artigo, aos meus alunos, da Universidade Sénior de Setúbal, pelas razões que só eles conhecem.
Bem Hajam!

Procuramos todos a Felicidade: É certo!

O que é a Felicidade?

Parece-me ser um conceito muito individual, dinâmico, momentâneo, programado socialmente e muito reativo às circunstâncias. A verdade é que uns de uma forma, outros de outra, todos procuram a programada “Felicidade”. Enquanto uns colocam a tónica no valor da Saúde, outros nos bens materiais, nas relacões familiares primárias, nas relações sociais é um conceito muito variável e onde existem muitos valores padronizados relativamente ao que é ser FELIZ.

Porque pode a Felicidade ser uma ILUSÃO? Porque seguimos padrões estereotipados? Porque muitas vezes somos levados a acreditar que estamos no caminho certo e, aqui e ali, as nossas experiências levam-nos à conclusão de que, a Felicidade pode não estar no que programamos para as nossas vidas? A vida mostra-nos, muitas vezes, que o programa que temos inserido no nosso cérebro, sobre este conceito, afinal não é totalmente fidedigno.
Daniel Gilbert, Doutorado pela Universidade Princeton e Professor na Universidade de Harvard defende de forma muito clara esta ideia: “ O nosso cérebro transmite-nos informações erradas sobre se seremos felizes ou não.”. Quantas vezes não ouviu histórias em que, no pico de uma carreira profissional de sucesso, determinado individuo afasta-se e procura desenvolver uma atividade, pela qual sempre esteve apaixonado e na qual (por inúmeras razões), nunca foi programado para a desenvolver? Quantas vezes, na consulta de Psicologia, surgem casos de jovens e adultos deprimidos e profundamente infelizes, porque não conseguem dizer NÃO! À carreira, à familia, ao Chefe, aos Amigos…. Quantas?
Meus amigos, pela experiência que trago, durante estes 25 anos de atividade, e por algumas investigações de autores de renome que tenho estudado, posso concluir que essencialmente por uma razão: Por MEDO!

Sim pelo MEDO de cortar vinculos, pelo medo de não ser aceite, pelo medo do “julgamento dos outros”, pelas nossas Crenças Cognitivas, que nos levam a dar significados às situações e às pessoas que podem distorcer a realidade, o nosso futuro, a nossa vida. Pela nossa história familiar, pela herança genética, pelos modelos parentais, pela escola, pelo meio profissional tendemos a ser programados: umas vezes com sucesso, outras nem por isso.
O nosso cérebro prega-nos algumas partidas, uma delas é conseguir apresentar-nos inumeras explicações válidas para não sairmos do padrão, para mantermos sempre tudo como está. A sociedade é cada vez mais rápida e esta nossa tendência para a Procrastinação pode não ser a melhor estratégia do mundo para a felicidade.

Ser Feliz não parece ter muitos segredos…parece ser importante a focalização em nós próprios, ouvindo o que temos para dizer sobre aquilo que nos rodeia, tentando reduzir o medo… não esquecendo que vivemos em sociedade, mas não tendo que ser necessariamente seu escravo!

Seja Feliz!

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